De um mergulho transbordante, saí escolhendo feijões. Bordando pelas bordas, Rê Bordosas e borderliner, recosto numa fronteira e faço dela minha casa.
E ofereço brindes:
1º brinde aos masoquistas, 2º brinde aos suicidas, 3º brinde aos esquizos, 4º brinde aos órfãos de toda espécie, 5º e último brinde aos embriagados e entorpecidos.
Me agradam os exilados e os sem-lugar. São aqueles que migram, que fragmentam seus corpos e são parte de todos os lugares, que ainda são tão poucos para o que querem (furtos em Pessoa). E o que quero também é bem pouco e bem muito. Como as crianças dizem "quero brincar bem muito!".
Eu e você somos esses corpos a que brindo também.
E como manda a etiqueta, dizemos "saúde". Saúde e saudades, no fundo das garrafas.
Foto: André Moreira.