Que pode a performance?
Há quem diga que performance é entretenimento. Há quem diga que performance é non-sense. Há quem diga que performance é arte. E ainda, que performance é linguagem.
MAS O QUE É PERFORMANCE?
Performance pode ser, a performance não necessariamente é. A linguagem do não-lugar. A linguagem de qualquer lugar. Mas isso não significa que performance seja qualquer coisa.
Como em qualquer linguagem, a performance deve ser permeável, porosa o suficiente para atravessar e ser atravessada pelas linhas de força descritas rizomaticamente por Gilles Deleuze e Félix Guatarri. Aproxima-se do Teatro da Crueldade de Antonin Artaud; é necessário que arte seja feita não de objetos estéticos, mas de ações poética e políticas, contundentes o suficiente para atingir camadas de significações. A performance deve ser capaz de provocar ESTRONDOS.

Em nome dos sistemas auto-poiéticos.