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Performer e pesquisadora de práticas de corpo limite. Formada em Performance pelo curso de Comunicação e Artes do Corpo (PUC-SP). Tudo mentira.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

No fundo das garrafas

De um mergulho transbordante, saí escolhendo feijões. Bordando pelas bordas, Rê Bordosas e borderliner, recosto numa fronteira e faço dela minha casa.

E ofereço brindes:

1º brinde aos masoquistas, 2º brinde aos suicidas, 3º brinde aos esquizos, 4º brinde aos órfãos de toda espécie, 5º e último brinde aos embriagados e entorpecidos.


Me agradam os exilados e os sem-lugar. São aqueles que migram, que fragmentam seus corpos e são parte de todos os lugares, que ainda são tão poucos para o que querem (furtos em Pessoa). E o que quero também é bem pouco e bem muito. Como as crianças dizem "quero brincar bem muito!".


Eu e você somos esses corpos a que brindo também.


E como manda a etiqueta, dizemos "saúde". Saúde e saudades, no fundo das garrafas.




Foto: André Moreira.


4 comentários:

  1. Sara Jane,
    Também me encantam os que saem de alguma forma, aqueles que tropeçam e não se adequam, que vão buscando seus próprios meios de ser. Além de outras razões, sou assim por ser canhota.rs
    O mundo não foi feito pra pessoas assim,nunca tinha carteira na escola.

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  2. amada posso postar esse textinho "pelas entranhas da performance" no meu blog? Adorei!!!
    beijocas, tá demais teu blog, vou favoritar...

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  3. Belo espaço o seu...retornarei com frequência!

    abraço

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  4. Pode sim Andressa! Um beijo p/ vc que é travesti!

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